sexta-feira, 30 de julho de 2010

De um problema ambiental, uma solução de vida


Os versos de Dorival Caymmi inspiraram o trabalho da Associação de Moradores de Maracangalha, desenvolvido a partir da fibra da taboa, matéria-prima que se tornou uma alternativa de renda para a comunidade. Tapetes, bolsas, chapéus e uma série de outros objetos são produzidos pelos artesãos da comunidade, criando uma nova expectativa para a economia local, em decadência desde o fechamento da usina de açúcar em que empregava a maior parte da população. A matéria-prima é encontrada na área de uma antiga represa. O grupo recebeu orientações de gestão, associativismo, comercialização e, principalmente sobre a extração correta desta matéria-prima, um dos focos do projeto desenvolvido pela Coelba em parceria com o Sebrae, Instituo Mauá, Secretaria do Meio Ambiente, Banco do Nordeste e Prefeitura de São Sebastião do Passé. A primeira etapa consistiu na capacitação técnica dos artesãos locais para o trabalho com a taboa e sua posterior comercialização. Na questão ambiental, o projeto orientou para as boas práticas de extração e manuseio da planta através de um plano de manejo. O projeto beneficia cerca de 100 artesãos do distrito localizado no município de São Sebastião do Passé, a 60km de Salvador e se iniciou a partir da intervenção da APA/Joanes (Área de Proteção Ambiental) na região, para impedir o desmatamento e a extração incorreta da fibra de taboa no local. A Coelba então, investiu na implantação do Núcleo Produtivo de Artesanato em Taboa. A Casa da Vila realizou uma visita a sede do Projeto em Maracangalha durante Encontro de Negócios que promoveu novos núcleos produtivos comunitários do estado da Bahia.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Novidades na Casa • Um agreste mais colorido

Um projeto implantado no sertão pernambucano tem como público-alvo 200 artesãos dos municípios pólos de artesanato do estado. O objetivo é promover a sustentabilidade de comunidades do Agreste Pernambucano através da valorização das potencialidades locais, estimulando a produção de seu artesanato de tradição. Um dos núcleos produtivos é formado por mulheres que encontraram no artesanato em crochê uma fonte de renda para ajudar no orçamento familiar. Elas possuíam o domínio da técnica porém sem o conhecimento comercial. Em 2004 receberam capacitação em bordado, tapeçaria, crochê e pintura e em 2005 oficinas de design em crochê resultando em uma coleção completa de produtos. O trabalho de intervenção em design e a participação no projeto permitiram que o grupo atingisse o mercado nacional e internacional. Atualmente contam com 07 artesãs que buscam no trabalho uma fonte de renda, uma forma de elevar a auto-estima pessoal e profissional e vencer desafios levando aos quatro cantos as belezas e sabedoria do povo pernambucano. As maravilhosas almofadas em crochê feitas a partir de retalhos de tecido já estão na Casa da Vila. São 10 novas opções de cor, todas elas simplesmente deslumbrantes!!! Vale a pena uma visita...

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Novidades na Casa • Um sertão precioso!!!

Com cerca de 30 minas, entre ativas e inativas, o norte do Piauí é conhecido internacionalmente pelo artesanato em opala, bela e rara pedra semi-preciosa, encontrada apenas na Australia e Brasil. Depois de lapidado, o mineral é usado na fabricação de jóias artesanais. Há alguns anos, muitas pedras brasileiras eram levadas para a Austrália e lá comercializadas como minério australiano. Isso ocorria por falta de ações voltadas para a valorização desse produto no Brasil. Há apenas alguns anos, garimpeiros da região criaram uma cooperativa com o objetivo de fortalecer a atividade. Durante 03 décadas, a exploraçãod e grandes mineradoras deixou nas minas grandes quantidades de chibius (opalas pequenas) consideradas na época impróprias para o uso em jóias. A necessidade de aumentar a renda dos garimpeiros e lapidários da região provocou uma mudança de visão e os chibius viraram matéria-prima para os mosaicos de opala, que absorve hoje 25% da mão de obra empregada nas inas e 50% nas oficinas de lapidação. Atualmente diversos profissionais trabalham com garimpo, lapidação e joalheria no local. Aproximadamente 500 homens, pais de família, moradores de roça e com escolaridade mínima, trabalham nas dezenas de minas. Para incrementar o setor, um Arranjo Produtivo Local foi implantado e objetiva melhorar a capacitação dos profissionais que vivem deste trabalho, agregar valor para a opala e desenvolver o setor que proporciona de forma direta e indireta emprego e geração de renda. Uma delicada coleção de colares, brincos e anéis da Cooperativa chegou esta semana na Casa da Vila. Se você prefere peças pequenas e discretas, esta linha é a sua cara!!!

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Novidades na Casa • Infância recuperada

Da iniciativa de instituições locais que, conscientes das principais ameaças sociais que afetam crianças e adolescentes na região de Bonito/MS, nasce um projeto que une esforços para o enfrentamento desta situação. O Programa tem como objetivo dar atendimento a crianças e adolescentes em situação de risco social, encaminhados por essas instituições. Dentre os vários projetos implantados, um deles é voltado a criar alternativas para gerar renda a famílias menos favorecidas do município. Na identificação de possibilidade para geração de renda através do artesanato, o Projeto vislumbrou a oportunidade de trabalhar com a reutilização de plásticos flexíveis como embalagens de ração, de sabão em pó e banners, matéria-prima abundante no lixo urbano, aliando desta forma aspectos sociais e ambientais. Quarenta famílias, envolvendo 180 pessoas, residentes na periferia, foram selecionadas através de um criterioso processo de avaliação da real situação de miséria, exclusão social e violência a que elas estão expostas, para serem beneficiadas. Iniciado em 2006, o Projeto é a extensão de um trabalho já desenvolvido com as crianças e adolescentes dessas famílias. Inicialmente, optou-se por incluir no grupo produtivo apenas mulheres, mães das referidas famílias, sua maioria de origem rural, com baixa escolaridade, sem emprego fixo. Os benefícios esperados são a profissionalização das artesãs, resgate e preservação da cultura regional, geração de renda, elevação da auto-estima, auto-sustentabilidade e einclusão social. A última coleção de cestos multicoloridos em plástico flexível do projeto foi um suceso de vendas!!! Os novos modelos acabam de chegar na Casa da Vila. Corra para escolher o seu!!!

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Novidades da Casa • O resgate do povo Apurinã

Dispersos em 23 terras indígenas em um total de 2416 pessoas, o povo Apurinã habita ao longo do Rio Purus e seus afluentes. Dependentes da economia de mercado, alguns migram para as cidades em busca de oportunidades, abandonando sua identidade indígena. Este êxodo rural ameaça a manutenção legal e a proteção ambiental das áreas indígenas demarcadas. Perante esta situação, um projeto que atua junto a um grupo Apurinã em Boca do Acre procura novos caminhos para inverter este quadro e melhorar a situação econômica de suas famílias e futuras gerações. Em 1999, passaram a investir na produção de biojóias voltada a geração de renda. Utilizados há gerações na produção de biojóias Apurinã, a linha do arbusto carrapicho e o caroço do tucumã, são colhidos obedecendo a um plano de manejo desenvolvido pela ONG PESACRE - Grupo de Pesquisa e Extensão em Sistemas Agroflorestais do Acre. Antigamente as ferramentas de trabalho eram paus e pedras para o desbaste e folhas do mato para o polimento. Este processo ainda é dominado por muitos, mas hoje utilizam em algumas etapas da produção ferramentas mais aprimoradas construídas por eles mesmos. Acreditam que a casca preta do tucumã possui propriedades energéticas e é um protetor espiritual. A semente da jarina, também chamada de marfim vegetal se tornou uma alternativa eticamente correta para o marfim animal. A semente do anajá e do açaí também são utilizadas. A renda obtida da comercialização dos produtos supre as necessidades básicas dos Apurinã e diminui a pressão sobre a fauna e flora da área. As sementes são colhidas através de normas conservacionistas que possibilitam o abastecimento de fauna, regeneração e perpetuação natural das espécies. O plano de manejo nasceu de um processo participativo que permitiu a fusão entre os conhecimentos tradicionais da comunidade indígena e os técnicos e pesquisadores do PESACRE. Novos modelos de biojóias Apurinã acabam de chegar na Casa da Vila. Simplesmente lindas!!!!